quinta-feira, 29 de março de 2012

PROTESTO CONTRA OS TRENS HOJE EM ROLÂNDIA


ROLÂNDIA VAI PARAR

Vai ser das 15 às 16 horas no centro da cidade. Boa parte do comércio vai fechar as portas. O protesto será contra os constantes cruzamentos de trens no perímetro central que impossibilita o livre trânsito de pessoas em carros. Outro motivo é o nível de poluição sonora causado pelos apitos, que, principalmente  de madrugada, acorda os moradores residentes nas proximidades. A prefeitura, por sua vez, informa que os projetos de construção de viadutos ainda estão no papel, não havendo ainda data para início de processo licitatório. Somente cidades grandes como Londrina e Maringá ( que possuem deputados) conseguiram solucionar o problema dos trens. Londrina construiu um novo traçado fora da cidade e Maringá fez rebaixamento do leito da ferrovia. Cambé conseguiu já um viaduto em um local crítico daquela cidade. Em Arapongas não existe cruzamento de trens. Todos os cruzamentos são programados para ocorrerem aqui em Rolândia. Outro projeto ( o do trem de passageiros pé vermelho) continua esquecido  no fundo de uma gaveta em Brasilia. TEXTO e FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA

sábado, 31 de dezembro de 2011

UMA VIAGEM DE TREM PELO NORTE DO PARANÁ


UMA VIAGEM INESQUECÍVEL

Aconteceu nos anos 70.  Eu, minha querida mãe e meu  primo    Toninho      (foto ao lado -sempre presente em quase todas as minhas aventuras). Viagem de Rolândia à São Paulo onde fomos passear na casa de parentes. Saímos de Rolândia por volta das 21 horas. Tinha na época 16 anos. Tudo nesta viagem foi maravilhoso. Foi a minha primeira viagem de trem. Lembro-me da  ansiedade até que o trem apareceu com aqueles faróis poderosos, soltando fumaça e aquele barrulhão do motor. Meu coração acelerou. O chefe da estação que portava um bonito quepe bateu o sino de bronze anunciando oficialmente a chegada do trem. Embarcamos. Minha mãe ( que era a primeira vez que viajava sem a presença do meu saudoso pai) acenava chorando ao início da marcha do trem. Ficamos olhando o meu pai e irmãos na plataforma da estação até sumirem. Mal começou a viagem a minha mãe pegou um rosário e começou a rezar pedindo proteção para a viagem. A preocupação dela era que o meu tio João não estivesse esperando na Estação Sorocabana em São Paulo. Por volta da meia noite fiquei entendiado com a lentidão da viagem, e não conseguindo dormir com o balanço e barulho do atrito das rodas de aço nas  emendas dos trilhos, fui até o vagão refeitório onde comprei uma revista. Sentei ao lado de uma das mesas para ler. Pedi uma bebida e  um maço de cigarro. Minha mãe preocupada com a minha demora e já chorando achando que tinha caído para fora do trem, mandou o meu primo me procurar. Me encontrou lá no refeitório com toda pose, sentado, lendo, fumando e bebendo ao lado de dois garçons vestidos com ternos brancos. Sendo meu primo morador da roça ficou com vergonha de entrar ali, só acenou com a cabeça e voltou pra contar o que viu. Até hoje ele ri muito ao descrever esta cena.  Ao amanhecer  eu e meu primo fomos para o último vagão onde havia uma espécie de varanda. Eli fumando um cigarrinho íamos contemplando as belas paisagens. Os lavradores paravam de carpir ou arar a terra para acenar para nós. Nos sentíamos muito importantes ao recebermos estes acenos. Minha mãe continuava a rezar com o rosário na mão. Só parava para mandar o cobrador de bilhetes nos avisar para não irmos muito longe (como se isso fosse possível). A uma certa altura da viagem, já chegando em São Paulo, eu e meu primo ficamos na "paquera" em frente o vagão de sanitários. Estava encostado na porta do sanitário feminino quando, em uma curva, a porta abriu e eu fui arremessado para dentro. Acabei  machucando a perna com o impacto  no vaso sanitário (Ainda bem que não tinha nenhuma mulher lá dentro). Meu primo ri até hoje desta proeza. A viagem foi muito emocionante do começo ao fim. A parte ruim era aguentar o cobrador de cinco em cinco minutos querendo ver os bilhetes e os vendedores de revistas, jornais, sanduíches e pratos feitos. Eles passavam a todo instante gritando: - Olha o sanduíche... prato feito.. revistas.. (como coisa que a gente não sabia!...). Os cara eram reconhecíveis até no escuro. Portavam um paletó preto com o distintivo da RVPSC (Rede Viação Paraná Santa Catarina) e um quepe da mesma cor, com  emblema de bronze. Pareciam uns generais. Interessante que eram todos gordos. Eu acho que ele mais comiam aquela comida do que vendiam. A viagem durou uma noite mais  meio dia. A cada cinco minutos, quando enfim o trem embalava, tinham que parar... Mais uma estação. Daqui em São Paulo eu acho que haviam mais de 1.000 estações. Nunca vi coisa igual. Minha mãe quando viu o meu tio João nos esperando na Estação em meio a tanta gente só faltou pular em cima dele tamanha a alegria.  Saímos com o meu tio, carregando malas enormes em meio a multidão. Com medo de me perder do meu tio andei levando uns safanões, pois andei acertando as canelas de alguns transeuntes. Já ao lado do meu tio minha mãe agora ia rezando agradecendo o sucesso da viagem. Mas, falando sério, foi a viagem mais emocionante que tive na minha vida até hoje.  Dificilmente vou fazê-la de novo, pois nem mais trem de passageiros temos. JOSÉ CARLOS FARINA - ROLÂNDIA - PR.

OBS.: Na 1ª Foto o meu primo Toninho. Ele não é louco não. A foto foi tirada na festa de um casamento da família. É claro que tinha bebido um pouco.... Na 2ª um trem daquela época (museu do trem de Baurú)...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

TRENS HISTÓRICOS VENDIDOS A R$ 0,10 O QUILO - CRIME


Trem da RFFSA era vendido como sucata
09/10/2011 - Folha de S. Paulo
A CGU (Controladoria-Geral da União) vai investigar a venda de patrimônio da extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal) feita nos últimos anos no Brasil. Relatório da Polícia Federal mostra que um esquema montado em São Paulo desviou, como mera sucata, bens servíveis ou recuperáveis de alto valor.
Segundo a PF, a operação seria repetida agora pela Diretoria de Infraestrutura Ferroviária do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). A controladoria disse que deverá abrir um Processo Administrativo Disciplinar para apurar o desvio de conduta de servidores que tenham participado da alienação irregular de bens da RFFSA.
Segundo a PF, que fez a denúncia à CGU, a transação envolve, além de agentes públicos, concessionárias de ferrovia, ferros-velhos e até siderúrgicas que teriam usado material ferroviário para a produção de vergalhões. Entre os bens estão trilhos, locomotivas, vagões e vários tipos de equipamentos pertencentes à RFFSA ou entregues à concessão no processo de desestatização.
A investigação da CGU pode abrir uma caixa-preta já identificada num inquérito volumoso -embora sigiloso- produzido pela Polícia Federal de Piracicaba (SP) e por agentes da Polícia Ferroviária Federal. Os prejuízos ao país podem ter sido de bilhões de reais, assim como os ganhos de grupos econômicos que podem ter sido beneficiados em soma similar com o destino ilegal desse tipo de material.
O nome das empresas envolvidas está protegido por determinação da Justiça. Até o momento, o Ministério Público Federal -que recebeu o inquérito policial- não ofereceu denúncia, embora já esteja de posse dos documentos há dois anos. (ISSO É ERRADO TEM QUE PRESTAR CONTA AO POVO QUE PAGA SEMPRE A CONTA)....
Desta vez, êxito
O delegado da PF de Piracicaba Carlos Fernando Lopes Abelha -responsável pela Operação Fora dos Trilhos, em 2008- entregou relatório com denúncia de novos leilões de bens com valores subavaliados, agora realizados pelo Dnit. A controladoria classificou o material como "farto" em documentação e com indicações fortes de que o modelo repetiria um esquema que permitiu "enriquecimento ilícito".
Esse alerta fez o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, pedir ao Ministério dos Transportes a imediata suspensão do leilão. O ministro Paulo Sérgio Passos acatou a recomendação e determinou nova avaliação dos bens.
A CGU aguarda o resultado para ter informações que subsidiem o Processo Administrativo Disciplinar. A reportagem da Folha esteve num ramal ferroviário na cidade de Avaí, a 450 quilômetros de São Paulo, local onde repousam, há dez anos, 75 vagões do tipo Hopper. É parte do espólio da RFFSA que iria a leilão.
Como sucata, ao preço de R$ 0,50 o quilo, o material poderia ser negociado a cerca de R$ 10 mil. Como ativo ferroviário, um vagão de mesmo tipo custa até R$ 250 mil. A PF diz que vagões chegaram a ser vendidos a R$ 80, inferior ao preço do papelão.
"Os bens levados a leilão pelo Dnit podem ter sido avaliados com os mesmos critérios dos processos licitatórios anteriores, classificando bens servíveis (...) como sucata, (...) promovendo o enriquecimento ilícito de alguns envolvidos em detrimento do erário", afirma o relatório.

------------------------------------------------------------------
(Isso só acontece em Terrae Brasilis, essa turma toda deveria sofrer um novo AI-6 na pele para aprender a ser honesto com as coisas públicas)...
Já se fosse em Cuba ou na China, ou na antiga URSS iriam todos para o PAREDÃO. !!!
ESSE PAÍS NÃO É SÉRIO , e um absurdo só como podem tratar a coisa assim..... FAIXINA NESSA TURMA JÁ !!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ALL ( TRENS ) RESPONDE FARINA

ALL DIZ  QUE NÃO TEM NADA A VER


A América Látina Logística (ALL) enviou-me e-mail (PDF) respodendo pedido por mim endereçado, afirmando entre outras coisas que recebeu a ferrovia em concessão e arrendamento da Governo Federal da forma em que estava apenas com a obrigação de conservá-la e devolve-la daqui 30 anos em funcionamento. Disse ainda que a ferrovia chegou antes dos loteamentos. Diz que todo loteamento que chegou após a linha férrea é obrigação da prefeitura e loteador oferecer segurança aos motoristas e pedestres. Confirmou a existencia de 4 projetos de viadutos e uma passarela para transposição da linha em análise no DNIT. Afirmou no final que qualquer operação de paralisação dos trens configura crime.  Gerencia de Relações Corporativas e Patrimônio -  Telefone: (41) 2141-7410,  Fax: (41) 3365-6566 - ALL - América Latina Logística -  site: www.all-logistica.com, assinado por Polliana. JOSÉ CARLOS FARINA

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ferrovia curitiba paranágua - história

FOTO BY JOSE CARLOS FARINA - DIREITOS RESERVADOS
A Ferrovia Curitiba-Morretes-Paranguá guarda muitas histórias começando por sua construção. O projeto inicial ligaria o litoral Paranaense ao Paraguai, mas não deu certo. Em 1880 começou a construção que durou cinco anos. A obra foi um tanto quanto ousada, pois além de ser muito moderna se comparar com a falta de tecnologia da época, foi uma das primeiras a ser realizada sem mão de obra escrava.

A estrada de ferro foi inaugurada em 1885, em Paranaguá, por D. Pedro II, com mais de 40 pontes e diversos túneis. Na década de 60, o túnel de número 13 teve que ser interditado, pois não suportava mais o fluxo de trens e cargas que ficou muito intenso com o tempo. O túnel foi reconstruído e é o único em linha reta de todo o trajeto.

Hoje as atividades da ferrovia se dividem entre o turismo e o transporte de cereais e minerais, uma vez que desemboca no importante Porto de Paranaguá. FOTO By JOSÉ CARLOS FARINA - DIREITOS RESERVADOS

TREM PARANÁ BRASIL AMÉRICA DO SUL TRAIN TRENES TRENS

TREM DA A.L.L.
CLIQUE P/AMPLIAR
FOTO By JOSÉ CARLOS FARINA

domingo, 12 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

TREM - DEBATE SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DA R.F.F.S.A. - By FARINA

DEBATE COM UMA PESSOA QUE É CONTRA OS TRENS EM ROLÂNDIA (ORKUT)


Qualquer pessoa com inteligência mediana sabe  que todos os paises do 1º mundo possuem uma ótima malha ferroviária com trens modernos transportando a maior parte das mercadorias... Se vc quiser a R.F..F.S.A. de volta saiba que o volume de cargas vai cair 90%.... Mas precisamos evoluir muito ainda neste setor.... E tem mais...se o volume de cargas da A.L.L. multiplicou mais de 30 vezes é porque os clientes estão ganhando mais (com relação aos caminhões)  Eu conheço um monte de cidade no Estado de São Paulo onde o trem deixou de passar que praticamente  sumiu do mapa... Vc quer o mesmo para Rolândia e para o norte do Paraná? TEXTO e FOTO de JOSÉ CARLOS FARINA